quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

VALOR VS PREÇO

Imagem retirada do Facebook - Palavra do Cliente

A grave crise económica que passamos (e que ainda vivemos resquícios) trouxe consigo uma mudança de mentalidade no que toca à valorização da comunicação e, consequentemente, das marcas. Grande parte delas espremem preços constantemente, mesmo que saibam que os resultados e qualidade possam ser piores. O preço passou a estar à frente do valor. O básico superou a criatividade – a ideia do “vamos desenrascar”. Fazer de conta que se comunica é, infelizmente, uma ideia que se generalizou. As marcas que se destacam são aquelas que pensam mais além e que se preocupam mais com o valor.

Posto isto, é necessário distinguir valor e preço. Segundo o Dicionário Priberam, valor é: “O que vale uma pessoa ou coisa”. Já o mesmo Dicionário refere que preço é: “Valor pecuniário de uma coisa ou dinheiro que se dá por ela”. Na generalidade podem parecer sinónimos, na prática são bastante diferentes. O facto de pagarmos um preço em dinheiro por algo não quer dizer que o seu valor seja efectivamente esse –  Preço é o que se paga, valor é o que se leva. 

Com efeito, é evidente que existe uma necessidade de mudança – e urgente. O investimento (sim é mesmo um investimento e não um custo) na comunicação deverá aumentar. O valor associado a uma marca depende da forma com ela comunica. Se assim é, porque é que continuamos a inferiorizar a forma como se comunica? Porque se desvaloriza o interesse em ir “mais além”, ser diferente, ser criativo, ser muito mais do que o básico e tradicional - Produto de qualidade + Comunicação adequada = Marca de Sucesso. 

Nunca ouviu dizer: “O barato sai caro”? Pois bem, é de facto verdade. Quantas vezes gastamos dinheiro em algo que não nos traz retorno? Procuramos seguir o caminho mais barato mas, no final de contas e pondo os pratos todos na balança, verificamos que ao gastar um pouco mais de dinheiro e usar materiais com qualidade, feito por especialistas, isso resulta num valor maior... num produto bem comunicado... financiando a criatividade e os criativos Portugueses (muitos deles acabam por emigrar, visto que, infelizmente, lá fora o seu reconhecimento é maior). Uma estratégia deste tipo irá fazer com que o investimento seja útil e acertado. Uma estratégia firme e certa é melhor que várias campanhas de baixo custo monetário mas efémeras e mortas à partida. 

Reflicta bem sobre isso. Que valor é que isso trouxe para a marca? Não terá sido um mau investimento?

Não se pode continuar a desvalorizar o meio comunicativo e criativo, sob pena de as marcas se tornem meros produtos standarizados, inconsequentes, frios e “sem sabor”.


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