segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Aparecimento dos Manequins

Os Manequins foram criados por pintores no século XVIII. No início o objectivo era colocá-los nas casas e nas lojas dando a ideia de que estavam habitadas. Só no fim do século XIX, os manequins passaram para o mercado da moda, fabricados em madeira ou metal e forrados de algodão grosso sobre um pé de ferro. Era também aqui que as peças eram modeladas e onde se pregavam os alfinetes.

No começo do século XX, o famoso vitrinista Arthur Fraser, começou a esculpir os seus manequins em papier maché e posteriormente em gesso, sendo que cada manequim levava cerca de 3 meses a ser esculpido. Devido à fragilidade dos materiais usados, os manequins tinham pouca resistência e portanto, uma vida muito curta.

Actualmente, os manequins são fabricados em série em materiais muito resistentes como é o caso da fibra ou resina. Sabemos que são fabricados consoante o que a moda "dita" e possuem o corpo perfeito para o produto que se pretende expor. Mais do que expor o produto, o manequim tem de estar inserido numa espécie de encenação (montra).

Hoje em dia assistimos ao aparecimento de uma tendência: manequins modernos com traços leves, cores suaves e algumas vezes quase sem detalhe quer a nível facial, quer a nível corporal. Por outro lado, os manequins infantis, para além de possuem uma estatura menor, são muitas vezes produzidos em mandeira ou tecido, acompanhados por jogos de cores e/ou brinquedos.



No fundo, a presença do manequim numa montra, pretende fazer com que o observador se identifique com ele, tanto no corpo perfeito que ele mostra, como no produto que está a expor. Todos os manequins ao estarem presentes numa montra possuem a capacidade de despertar o imaginário do observador visando produzir a sua própria identificação. Assim, assistimos a uma comunicação moldada também pelo consumidor, onde ele se revê ou deseja ser igual à encenação que está a visualizar.

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